“Trabalhar nas Artes: conquistas e desafios do novo estatuto”
Amarílis Felizes
Descrição:
Falar de relações laborais na Cultura é falar de uma história de precariedade, com a banalização dos falsos recibos verdes, do falso outsourcing e dos contratos precários. As consequências são conhecidas: há milhares de profissionais a quem são negados direitos laborais e uma proteção social efetiva. A mobilização de quem trabalha na cultura, particularmente em reação às consequências da pandemia, forçou o Governo a reconhecer esta realidade e resultou na elaboração do Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura. No entanto, devido à resistência em introduzir medidas de efetivo combate à precariedade, ao mau desenho do novo regime de proteção social e à displicência do Governo face aos problemas da sua implementação, mais de um ano após a entrada em vigor do Estatuto, as mudanças necessárias estão por realizar.
Bio:
Amarílis Felizes investiga e atua no campo das artes e das políticas para as artes. É, desde 2020, dirigente da Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas e tem trabalhado em gestão e produção cultural, assistência de encenação, direção de cena, montagem e operação de espetáculos, sobretudo de teatro.
Atualmente desenvolve uma pesquisa sobre políticas culturais em Portugal, com financiamento FCT, no âmbito do doutoramento em Economia Política.